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SOMENTE ASSINATURA ORGANIZACIONAL

Declaração Conjunta – Stand Up For Children In War

Setembro de 2025

Como comunidades religiosas, organizações internacionais, sociedade civil e pessoas de boa vontade, erguemo-nos juntas para soar um alerta urgente sobre o sofrimento das crianças em meio à guerra, reafirmar a sacralidade e o valor de suas vidas, defender sua dignidade humana e exigir proteção para estes membros mais inocentes, vulneráveis e preciosos de toda comunidade. As contínuas violações do Direito Internacional Humanitário (DIH) e do Direito Internacional dos Direitos Humanos (DIDH) não são incidentes isolados; refletem uma erosão mais ampla e alarmante das normas morais compartilhadas que, há muito, as comunidades de fé defenderam e ajudaram a inspirar.

Em todas as tradições, textos sagrados, orações e práticas nos lembram que proteger os vulneráveis e buscar a paz são imperativos éticos comuns. Muito antes do Direito Internacional Humanitário e do Direito Internacional dos Direitos Humanos serem codificados, a fé e os valores morais já nos chamavam à compaixão, à proteção dos vulneráveis, à restauração de relacionamentos, à defesa da dignidade humana e à promoção do direito à vida.

A infância é uma jornada de crescimento, identidade e pertencimento. Quando uma criança é forçada a fugir, a enterrar um dos pais ou a enfrentar a fome ou um ferimento, essa jornada se rompe. Para além do sofrimento imediato, há consequências muitas vezes negligenciadas e, ainda assim, devastadoras: desnutrição e o uso da comida como arma; colapso de sistemas de saúde, propagação de doenças e interrupção da imunização; estresse tóxico e outros problemas de saúde mental; aprendizagem interrompida, atraso no desenvolvimento e casamento precoce; e a fragmentação das comunidades, que dissolve a confiança e a solidariedade, colocando em risco nosso futuro comum: o futuro de nossas crianças.

Hoje, graves e crescentes violações do Direito Internacional Humanitário e do Direito Internacional dos Direitos Humanos — incluindo o direcionamento de ataques contra crianças, suas escolas, os hospitais onde recebem cuidados e os abrigos onde buscam refúgio — são profundamente alarmantes e correm o risco de se normalizar.

Isso PRECISA acabar. Não podemos permanecer em silêncio. A mudança é possível, enraizada nos ensinamentos morais de nossas fés e nos princípios jurídicos universais concebidos para garantir justiça e paz. Acreditamos que as organizações internacionais, as comunidades locais e as próprias crianças podem ser agentes de cura e transformação. Acreditamos no poder da esperança, da solidariedade, da conscientização e da consciência — reconhecendo tanto o chamado a sensibilizar a sociedade quanto o chamado a falar e agir a partir de nossa própria consciência — como guias para a responsabilidade e a ação coletiva. Juntos, podemos prevenir a violência, conscientizar sobre seu impacto devastador e fomentar espaços de diálogo e compreensão mútua que podem ajudar a mudar o curso da história.

Pelo bem de nossas crianças, precisamos agir.

Portanto, no Dia Internacional da Paz de 2025, conclamamos conjuntamente os Estados e líderes políticos a:

  • Honrar as obrigações legais e respeitar o Direito Internacional Humanitário e o Direito Internacional dos Direitos Humanos, que nos protegem de violência e abusos — especialmente às crianças — em tempos de guerra.

  • Advogar por um cessar-fogo imediato e incondicional em todas as zonas de conflito, instando todas as partes a priorizar o diálogo e a resolução pacífica, e a tomar medidas urgentes de desescalada para proteger crianças e civis.

  • Proteger as crianças contra danos e todas as formas de violência, em conformidade com o artigo 38 da Convenção sobre os Direitos da Criança, que obriga os Estados a adotarem todas as medidas possíveis para proteger e cuidar das crianças afetadas por conflitos armados. Isso inclui evitar o colapso dos sistemas públicos de saúde e garantir a entrega segura e desimpedida de alimentos, água potável, assistência médica e apoio em saúde mental e psicossocial.

  • Respeitar e proteger os estabelecimentos de educação e saúde; abster-se de seu uso para fins militares; e assegurar aprendizagem segura e contínua às crianças deslocadas e refugiadas.

  • Apoiar mecanismos transparentes de monitoramento, denúncia e responsabilização por graves violações contra crianças; encerrar a impunidade e promover justiça, diálogo e reconciliação por meio de planos de ação com prazos definidos, em conformidade com os marcos internacionais.

  • Enfrentar as causas diversas dos conflitos violentos, incluindo — mas não se limitando — aquelas ligadas à escassez de recursos, deslocamentos, aquecimento global e outros fatores sociais, políticos e econômicos.

Conclamamos também líderes religiosos e comunidades de fé a:

  • Elevar a consciência e questionar a normalização dessas violações inadmissíveis contra crianças. Que igrejas, templos, mesquitas, sinagogas e espaços sagrados ressoem com o chamado à paz.

  • Colaborar com outras comunidades de fé e com organizações internacionais e da sociedade civil para oferecer respostas integrais e coordenadas a crianças e famílias afetadas pela guerra, fundamentadas nos princípios do não causar dano.

  • Criar espaços seguros para que crianças falem e sejam ouvidas. Que suas realidades vividas orientem nossa ação comum.

  • Falar a uma só voz contra a violência, a desumanização e o ódio, envolvendo ativamente as congregações e os governos em apelos pelo fim das hostilidades e pela responsabilização.

  • Defender a restauração de um contrato social moral — um que coloque no centro a empatia, a justiça e a dignidade inerente de toda criança.

Escolhemos consciência em vez de indiferença, esperança em vez de desespero, e ação ética em vez de silêncio.


STAND UP for children in war – Unidos pelas crianças em áreas de guerra,


Organizações signatárias

Esta declaração já foi assinada por:

Instituições

  • Action for Development
  • Activists Without Borders
  • Addis Ababa University
  • Afaq Foundation for Women
  • AGAPE Learning & Growing Together
  • Al Mustafa Welfare Trust
  •  ALEPH Youth Organization 
  • Alliance for Rethinking Coalition Pakistan
  • Amal Alliance
  • Anglican University of Congo
  • Animal Interfaith Alliance
  • Arigatou International
  • Asociación Pop No’j (Guatemala)
  • Association for Living Values Education International
  • Association For the Promotion of Sustainable Development
  • Association of Professional and Business Women from Moldova
  • Association of the Survivors of Makobola Massacres ( ARMMK)
  • Baha’i International Community
  • Better Care Network
  • Beyond Conflict
  • Beyond Our Hearts Foundation
  • BRIDGES – Eastern European Forum for Dialogue
  • British Chapter, International Association for Religious Freedom
  • Bureau International Catholique de l’Enfance – BICE
  • Casa Luz da Colina
  • Catholic Diocese of Vasai, India
  • CCAB
  • Chennai Photo Biennale Foundation
  • Child Helpline International 
  • Christian Alliance for Development (CAFORD
  • Ciyota
  • Coalición Contra el Abuso Sexual
  • Comité Ecuménico de Panamá
  • Commission of Catechesis for the Diocese of Roman Catholic Church, Port Victoria, Seychelles
  • Commsone Photography
  • Community Restoration Initiative Project
  • Cordoba Peace Institute
  • Defence for Children International
  • Defensa de Niñas y Niños – Internacional, DNI Costa Rica
  • Desired Futures CBO
  • Early Childhood Peace Consortium (ECPC)
  • ECPAT International
  • Edmund Rice International
  • Education Above All Foundation
  • End Corporal Punishment
  • End Corporal Punishment
  • Escola Parque Tibetano, filiada à FFHI Fraternidade Federação Humanitária Internacional
  • First Children’s Embassy in the World Megjashi, Macedonia
  • Fondazione Marista per la Solidarietà Internazionale ETS
  • Fraternity – International Humanitarian Federation (FIHF)
  • Fundación Escuelas de Paz
  • Fundación Internacional de Derechos Humanos El Shaddai
  • Fundación Kannonji
  • Gatanga CCM Comprehensive School ( Murang’a county, Kenya)
  • Georgetown University Collaborative on Global Children’s Issues
  • GLOBAL ALLIANCE FOR MINISTRIES and INFRASTRUCTURES OF PEACE – GAMIP / Latin America and the Caribbean
  • Global Coalition to Protect Education from Attack
  • Global Humanity for Peace Institute
  • Global Network of Religions for Children South Africa 
  • Globethics
  • GNRC MEXICO
  • GNRC-NIGER
  • GNRC Perú
  • Guerrand-Hermes Foundation for Peace
  • Guidance Consultancy
  • Guru Nanak Nishkam Sewak Jatha
  • Hounslow Friends of Faith
  • Iglesia Metodista del Peru
  • Inclusive Education for Sustainable Development IESD
  • Instituto Arns
  • International Interfaith Centre, Oxford
  • Islamic Foundation, Kenya
  • Islamic Relief Worldwide
  • Islamic Supreme Council of Zambia
  • ISPCAN
  • itotheN | Intergenerational Impact
    Jelou Heart, Latiendo por Amor AC.
    Joint Learning Initiative on Faith and Local Communities
  • Kas MMM
  • Kindernothilfe, Germany
  • Kunguru Place Charity
  • LUCIS TRUST / World Goodwill
  • Lutheran World Federation (LWF)
  • Making Aid Work Initiative
  • Mont Fleuri Secondary School – Ministry of Education of Seychelles
  • Msasani B Nursery and Primary School
  • Music for Every Child
  • Network for Children’s Rights
  • NGO for the Children of Montenegro
  • Núcleo-Luz de Figueira em São Carlos – Imaculada Casa do Alívio do Sofrimento
  • NyaEden Foundation 
  • ONG PAIX&LAIT
  • Pastoral da Criança (Pastoral Care for Children)
  • Poverty Eradication and Community Empowerment
  • Preah Sihanouk Raja Buddhist University, Battambang Branch
  • Railway Children Africa
  • Re-Imagining New Communities
  • Rebuilding Community Organization
  • Return to the Earth Costa Rica
  • Roheco Finances SA
  • Rural Women Empowerment Network.
  • SAIEVAC
  • Salam Institute for Peace and Justice
  • Sarvodaya Shramadana Movement
  • Școala Gimnaziala Comuna Cislau
  • Seychelles Scout Association
  • Shanti Ashram
  • Stop Child Cruelty Trust
  • Syria Bright Future
  • The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints
  • The Dialogue Co-Operative
  • The International Dialogue Centre – KAICIID
  • The International Network of Engaged Buddhists (INEB)
  • The Living Restoratively, Dying Peacefully Project 
  • The Wellness Chord
  • UN University for Peace
  • United Religions Initiative
  • University of KwaZulu-Natal, South Africa
  • Ushirika Secondary School
  • Working Group on Children and Armed Conflict of Child Rights Connect
  • World BEYOND War
  • World Congress of Faiths
  • World Council of Churches
  • World Evangelical Alliance
  • World Organization for Early Childhood Education – OMEP
  • World Vision DRC/ Kinshasa Cluster
  • World Vision International
  • World Vision Myanmar – Kachin Field Team
  • Xavier University-Ateneo de Cagayan
  • Young Africans Community Empowerment Initiative, Sierra Leone YACEI-SL
  • Youth For Peace And Dialogue between Cultures
  • Youth Leaders for Restoration and Development (YOLRED)
  • Youth Society for Social Service
  •  

Agências da ONU

  • OHCHR
  • UNHCR
  • Special Representative of the UN Secretary-General on Violence against Children
  • Acting Special Representative of the UN Secretary-General on Children and Armed Conflict
  • United Nations Committee on the Rights of the Child

Ex-membros do Comitê dos Direitos da Criança

  • Ann Skelton
  • Jean Zermatten
  • Jorge Cardona
  • Luis Pedernera
  • Marta Maurás
  • Marta Santos Pais
  • Mikiko Otani
  • Yanghee Lee